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sexta-feira, dezembro 26, 2008

Lentes. O "X" da questão.

Qual é a primeira coisa que 99% dos fotógrafos e filmógrafos de hoje se preocupa quando vai adquirir um novo equipamento?

O Tamanho da Lente.

Já presenciei dois seres quase sairem no tapa por conta de a câmera de um, apesar de ser um modelo mais antigo e  de 12X, enxergar mais longe que a do outro, que era o modelo mais novo, e tinha uma lente com 15X.

Mas que raios aconteceu alí. Defeito de fabricação? O fabricante querendo sacanear o consumidor?

Bom, o que acontece é que essa nomenclatura de nX impressas em câmeras amadoras é relativa, e não pode ser comparada entre câmeras diferentes. Isto porque aquele número só representa a quantidade de vezes que a imagem é ampliada a partir da lente mais aberta da máquina. (e no caso dos seres aí de cima, o fabricante resolveu atualizar a máquina com uma lente mais aberta, terminando em uma lente menor que a antiga)

As lentes são medidas em sua distância focal, que é graduada em milímetros, e, muito importante, sua relação entre o tamanho do sensor e a milimetragem da lente é que define em que grupo vai estar esta lente. (Grande Angular, Normal ou Tele-objetiva).


exemplo de lentes e seus ângulos de captação.
da esq. para dir. Grande-Angular / Normal / Tele
fonte: http://www.imagem-digital.com

Isto é muito claro quando falamos das lentes fixas. Quer dizer, aquelas lentes que não variam em sua milimetragem, diferente das lentes Zoom.

Um exemplo são as câmeras de vídeo do início da TV.
Cada uma destas lentes era usada em um momento específico:

Grande-Angular - como o nome diz, é uma lente que tem seu ângulo de captação grande. São as lentes que conseguem colocar maior quantidade de "objetos" em cena.
A maioria das câmeras amadoras que não tem lente zoom, tem somente a lente grande angular. Uma variação desta lente é a chamada olho-de-peixe. Esta é a lente que é usada nos famosos olho-mágico, e que pode ser vista também em alguns comerciais. Sua característica maior é a deformação exagerada que comprime o centro e estica as bordas da imagem.


Normal - esta é a lente que reproduz o ângulo de visão do olho humano.


Tele-Objetiva - esta é a lente dos detalhes, é aquela lente que pega o pé do jogador e a bola, é a lente do binóculos.



Para enquadrar a lente em seu respectivo grupo, é necessário saber o tamanho da diagonal do sensor. As lentes Normais tem sua distância focal igual ao tamanho da diagonal do sensor (ou filme). Então, naquela sua esquecida máquina de fotografar de filme 35mm, onde a diagonal é exatamente 43mm, a lente Normal dela mais comun é a 50mm (existe uma tolerância aceitável, o que não impede de se usar uma lente 43mm ou algo próximo). Com isto, para este filme caracterizamos as lentes acima de 70mm (mais ou menos) como Teles, e as abaixo de 35mm (mais ou menos) como Grande-Angulares.


Pra complicar um pouco mais, existe a lente Zoom, que é uma lente com a distância focal variável. Que é como se existissem diversas lentes dentro do mesmo tubo.


esquema de funcionamento da lente Zoom

fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Esta lente é a culpada dos famosos nX impressos nas câmeras. A maneira mais certa de desvendá-los é procurar a distância focal das lentes, que "normalmente" vem impressa na frente da lente.
Pode-se ler: f=7.1-28.4mm  o que significa, que a lente vai de 7,1mm até 28,4mm, uma multiplicação de 4x. Mas pra saber o tipo de lente que está alí, só lendo o maual para descobrir o tamanho do sensor.
Alguns fabricantes colocam a informação do tipo "f=28-70mm (35mm equivalent)" em algum lugar da embalagem, o que facilita bastante.

Ufa! Vou deixar para falar mais sobre as lentes em um próximo post. Explicarei o que são aqueles outros números impressos na lente aí de cima.

T+

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quinta-feira, dezembro 25, 2008

Grave, Grave, Grave!

Nesta antevéspera de natal estava eu colocando alguns assuntos pendentes em dia.

Um deles era copiar para DVD algumas fitinhas antigas de um amigo meu.

Sempre pensei ser besteira pegar um câmera e gravar a esmo. Sempre fui partidário de que tanto na fotografia quanto no vídeo tem que se ter um objetivo claro. Levar a câmera para ficar filmando os amigos bêbados em uma festa? Sempre dizia que aquela fita ia virar um monte de bolor e fungo num canto de armário, inutilizada.

Bom, ainda não sou fã dos cliques desenfrados que quase todos os usuários de câmeras fotográficas digitais fazem. Mas, a partir de agora filmarei a maioria de meus "momentos".

A nostalgia de você se "reencontrar" 10 anos depois é fantástica. E patavinas! Hoje é absolutamente mais fácil do que 10 anos atrás. Meu telefone celular até edita o vídeo que gravo nele.

Mas ainda existe um problema: Armazenamento.

O uso de CDs e DVDs para armazenamento é muito ruim. Não são mídias práticas. Tem que ter todo um ritual (ainda) para fazer a gravação. Ô saudades dos disquinhos de 3 1/2". Bastava encaixar o bichinho lá e ouvir o mantra da gravação.
Tudo bem, concordo que o disquinho era uma merda de frágil, mas muito mais prático gravar nele do que em um CD/DVD.
Acredito muito no futuro dos pen-drives. Mas também são muito inseguros (ainda).

Existe um tecnologia muito promissora que se chama SSD (Discos de Estado Sólido, na abreviação em inglês). É uma tecnologia parecida com a do pendrive, mas com capacidade, confiabilidade e velocidade parecidas com a de um HD normal. Hoje já existem notebooks e câmeras de vídeo que vem com este dipositivo. Acredito que será o futuro dos meios de armazenamento.

Como neste momento não tenho escolha, vou gravar meus momentos em DVD mesmo.
O problema é: O DVD também não é 100% confiável (nenhuma mídia é). Então como fazer para garantir alguns aninhos a mais para os meus arquivos?
Existe um site (em inglês) que pode ajudar um pouco neste trabalho. Vale a pena conferir.

Té a próxima.

PS.: Sr. Vitor, gostaria muito de poder contribuir com a Rede Blog. Adiciona o Sigminitcs lá.